Parangolé: Fenômeno catalisador de linguagens
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O objetivo deste texto é realizar reflexões multidisciplinares acerca dos meios interativos digitais, partindo de pressupostos fornecidos pela arte – a partir dos “parangolés”, do artista brasileiro Hélio Oiticica (1937-1980). Os parangolés fornecem uma base para pensarmos a interatividade tecnológica a partir de uma perspectiva humana, possibilitando o estabelecimento de diálogos com um conceito-chave para a compreensão das idéias que serão aqui apresentadas: a indeterminação. O maior investimento da pesquisa foi acerca das modalidades de linguagens existentes nos parangolés, para então buscar pontos de intersecção com os sistemas digitais, em particular com os games. Os games aparecem aqui como estruturas que podem possibilitar a atualização, de forma contemporânea, das inquietações encontradas nas experiências artísticas de Oiticica. Por partir de um pressuposto que aborda áreas diversas do conhecimento, o objetivo inicial é reconstruir a idéia do homem como ser multidisciplinar, inserido em um contexto cultural que, neste início de século, não é determinado, mas condicionado por mecanismos contemporâneos que cada vez mais flexibilizam processos de abertura à participação individual. Para um foco mais preciso e de acordo com os interesses desta pesquisa, o texto trata dos processos interativos que utilizam os meios técnicos digitais como canal de transmissão, por acreditarmos que estes processos configuram-se como convites ao pensamento multidisciplinar e representam uma aposta no sentido de promover uma maior participação dos receptores nos processos comunicacionais.